sexta-feira, 25 de setembro de 2015

LUXÚRIA E RELIGIÃO

João Eichbaum

O homem, como todo o animal, é essencialmente sexual. Sem o sexo, instrumento de reprodução, nenhum sentido teria a existência do ser humano sobre a face da terra. É lei da natureza a perpetuação da espécie.

Então, não venham com voto de castidade pra cima de mim. Não me venham impingir a lorota de que padres e freiras vivem “uma vida casta”, porque essa mentira é repelida pelas leis da natureza. Do sacristão ao papa, todo mundo tem que prestar contas, a si mesmo, das exigências da natureza.

A história da Igreja está cheia de pornografia, puladas de cerca, quebra de votos de castidade, padres se envolvendo com fiéis, freiras fugindo com motoristas. A literatura, nesse gênero, deita e rola. A religião, geralmente, é o móbil da quebra da “castidade”. Ela aproxima os celibatários dos não celibatários em nome de Deus e acabam indo todas as partes para a cama,  fornicando em nome das leis da natureza.

Ultimamente, uma história, que romancista nenhum conceberia, enche as páginas policiais. Uma mulher casada foi esquartejada por um colega de serviço, recepcionista de hotel. De hotel, não de motel. No curso da investigação, a polícia descobriu que o indiciado, para esconder o corpo da mulher, tinha viajado em companhia da namorada, para Santa Catarina.


Perfil da namorada: uma velhinha de setenta e cinco anos, funcionária aposentada da UFRGS. Ele, o recepcionista de hotel, tem vinte e cinco. Os dois se conheceram na Igreja Evangélica. Na época, o indiciado tinha dez anos de idade. Hoje estão ambos na cadeia. Conclusão: a religião não tem força contra as leis da natureza.

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