PLANETACHO
O MUNDO
De repente, em um dia qualquer, tu acordas e o
mundo está de pernas para o ar.
Pelas ruas a pessoas andam como zumbis, digitando
em teclas do tamanho de grãos de arroz.
Os professores não utilizam mais o quadro negro
para ensinar frações, mas o próprio contracheque.
Nas ruas, batedores de carteira. Nos gabinetes, os
batedores de refinaria.
O Norte virou Sul e o Sul virou Norte. Então, tu
ligas a TV e o governador do Maranhão diz que não vai deixar seu Estado se
transformar no Rio Grande do Sul.
E nós que sonhávamos ser gregos na glória, acabamos
sendo na economia. Quadrilhas sacam nos caixas eletrônicos, usando di-na-mi-te
como senha silábica.
O mundo não confia mais em ti. Tu não és o Vasco,
mas o ano mal passou da metade e já
estás rebaixado.
Alguma coisa vai mal quando a Polícia Federal faz
mais operações do que o SUS.
Tu tentas de tudo que é jeito apostando na Mega, na
Quina, dupla Sena. E nada. Ainda tem que dar graças a Deus que não foi sorteado
pela tal delação premiada.
Tudo de cabeça para baixo. E, apesar de ver o mundo
como quem está plantando bananeira, você recebe a notícia de que a banana é que
está puxando os preços para cima.
Nos desfiles da Independência até a presidente Dilmaa
inflável estava constrangida com a inflação.
No futebol, a FIFA reluta em utilizar recursos da
tecnologia. De concreto até agora só tornozeleira eletrônica para dirigentes da
entidade.
É pouca Zelotes para tantos Zés lotando as cadeias
do País.
Nenhum comentário:
Postar um comentário