segunda-feira, 14 de setembro de 2015

PLANETACHO

O MUNDO

De repente, em um dia qualquer, tu acordas e o mundo está de pernas para o ar.

Pelas ruas a pessoas andam como zumbis, digitando em teclas do tamanho de grãos de arroz.

Os professores não utilizam mais o quadro negro para ensinar frações, mas o próprio contracheque.

Nas ruas, batedores de carteira. Nos gabinetes, os batedores de refinaria.

O Norte virou Sul e o Sul virou Norte. Então, tu ligas a TV e o governador do Maranhão diz que não vai deixar seu Estado se transformar no Rio Grande do Sul.

E nós que sonhávamos ser gregos na glória, acabamos sendo na economia. Quadrilhas sacam nos caixas eletrônicos, usando di-na-mi-te como senha silábica.

O mundo não confia mais em ti. Tu não és o Vasco, mas o ano mal passou da metade e  já estás rebaixado.

Alguma coisa vai mal quando a Polícia Federal faz mais operações do que o SUS.

Tu tentas de tudo que é jeito apostando na Mega, na Quina, dupla Sena. E nada. Ainda tem que dar graças a Deus que não foi sorteado pela tal delação premiada.

Tudo de cabeça para baixo. E, apesar de ver o mundo como quem está plantando bananeira, você recebe a notícia de que a banana é que está puxando os preços para cima.

Nos desfiles da Independência até a presidente Dilmaa inflável estava constrangida com a inflação.

No futebol, a FIFA reluta em utilizar recursos da tecnologia. De concreto até agora só tornozeleira eletrônica para dirigentes da entidade.


É pouca Zelotes para tantos Zés lotando as cadeias do País.

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