sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A BÍBLIA LIDA PELO DIABO

5 E fez Noé conforme a tudo o que o Senhor lhe ordenou.

E precisava dizer isso? Quem é que não faria, hein? Quem é que não faria, pra não ser enrabado? Já naquele tempo o pessoal conhecia o ditado:"quem tem cu tem medo".
O Noé tinha semancol e fez tudo direitinho, sem aquela cara de quem teve a integridade física prejudicada por dedo de proctologista.

6 E era Noé da idade seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.

Quer dizer: Javé não respeitou nem a idade do velhinho: botou o cara no batente.
Hoje em dia o pessoal é mais civilizado, tem até Estatuto do Idoso, né?

7 E entrou Noé, e seus filhos e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas do dilúvio. 8 Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra. Entraram de dois em dois, macho e fêmea, como Deus ordenará a Noé.

Agora vocês pensem nesses aguaceiros que pegam o pessoal de surpresa na encosta dos morros e matam crianças inocentes e adultos safados, sem discriminação. Nem precisa dilúvio. Basta a chuvarada de uma só noite.

10 E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. 11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se abriram. 12 E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.

O Velho tava a fim de meter o bafo azedo de sua ira em todo o mundo, mesmo.
Parece ata de reunião de conselho deliberativo ou de condomínio, dessas merdas que nunca dão em nada. Só que aqui, no caso, deu. O Velho tinha botado na cabeça que ia arrasar tudo pra recomeçar zero quilômetro. E mandou água pra afogar a pecaminosa humanidade feita de carne, que fazia sexo porque sexo é bom, e o bicharedo inocente, que era também feito de carne e só fazia sexo porque a carne exigia.
Parece que confundi a cabeça de vocês, né? Mas, vou tentar explicar o que o Velho não se lembrava mais. O humano tem um “chips” no cérebro que o distingue dos outros animais. É o “chips” do entendimento, da compreensão, do raciocínio, da razão, seja lá que nome quiserem dar. Aquela história da maçã, sabe, da árvore do conhecimento? Pois é. É isso. Quem comeu a maçã foi a mulher, não a serpente.
Mas, com o dilúvio todos os bichos pagaram pelo que não fizeram: nenhum deles comeu a maçã.

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