quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O NÉRIO SABE DAS COISAS

Bá. Nem pensar. Jogar naquele frio, vento, chuva e tempestade. Encarangam e ficam como cusco em dia de geada forte. Na Segunda Guerra Mundial, os nossos pracinhas da FEB, depois de uma longa viagem pelo mar, vomitando até as tripas, desembarcaram em Livorno, perto de Florença. 1944. Armaram aquelas barraquinhas de acampamento de dois soldados, chamados " de rancho" - Têm fotos do acampamento dos pracinhas. Não é que tres dias depois, antes de entrarem na batalha e subir o morro para guerrear com os últimos alemães que ainda não tinham abandonado a casa-mata no alto da montanha. Teimosos não queriam se entregar. Giravam a metralhadora e matavam os que subiam o morro rastejando. Bala de verdade. Coisa mais feia de se ver. E a cobra fumou. Semelhante e como aqui no nosso Morro da Cruz, no Partenon, quando a Policia sobe, antes de chegar ao topo onde tem a famosa Cruz, erguida pelo famoso "Jorginho da Cruz" traficante morto após o primeiro grande motim do Presidio Central - aquele que fugiram em dois Monzas ( um para Belém Novo e outro para Alvorada) e o deputado Daudt ainda vivia e quis acalmar e quase morreu. Os donos do alto do morro seguindo a doutrina do Jorginho da Cruz quando a policia está pelo meio do morro, começam a disparar lá de cima, protegidos pela casa-mata que é o pedestal ao pé da Cruz. Vem bala de verdade. E um esparramo só.Coisa feia de se ver.

Mas o pior, lá em Livorno, não foi a bala do alemão no alto do morro. O pior foi a neve. Veio neve. O frio foi a 20° C abaixo de zero, e nosso soldadinho estava com o fardamento verde e com aquele capote verde oliva, tipo capa de chuva. Se não é o americano chegar com os caminhões e distribuir os abrigos quentes, forrados de lã, com pele e capús, com pilha para aquecer o corpo, dizem que nossos pracinhas teriam morrido de frio com gangrena nos membros inferiores, enfiados até o joelho na neve.

Mas depois da derrota do Grêmio contra dez jogadores do Atlético Mineiro e a derrota dos vermelhos, dentro de casa, para o "pó de arroz" das Laranjeiras, do Rio de Janeiro - o meu Fluminense, de Alvaro Chaves, nada mais resta a fazer neste estado gaudério. Vamos jogar lá fora. Vamos mostrar aos gringos o que os gaúchos têm......para que sirvam de modelo à toda terra - no famoso hino do gauchismo - o que os filósofos chamam de "imperativo categórico" de Emanuel Kant. Essa é boa. No que os filósofos da nossa terra dizem que o nosso jogo de futebol, a jogada do nosso"craque" deve ser tão boa e tão legal, em direção ao golo adversário e marcar o golo, cuja jogada elegante e eficiente deve servir de - "modelo a todos os jogadores de futebol da terra " - de Barcelona, Real Madrid, Ajax, Milan, Juventus até o notável Mazembe.

Nério "dei Mondadori" Letti

Nenhum comentário: