A dialética confusão da vida. Circularidade das relações perigosas. Como dizia o frade dos Livros, o Frei Rovilio Costa - "con noantri o sensa noantri il mundo vá torno stesso" - com nós ou sem nós o mundo gira da mesma forma.
Agora temos o torvelinho total do micro e das relações "on line" - precisa uma equipe para atender o correio eletrônico, ler os emeils, selecionar, imprimir, cortar, colar, gravar, arquivar nas pastas eletrônicas, guardar na memória, e viver na roda viva da loucura do processamento de dados..Ficha limpa. Penhora on line. Bá. Esses dias um amigo meu que se flagelou e quebrou e ficou devendo na praça, correu aqui no meu canto, e me pediu ajuda advocatícia, pois, tinha tido sua conta salário,no banco atingida pelo ônus da famosa "penhora on line". O meu amigo ficou sem dinheiro. Não tinha o que comer. Nem ele e nem a família. O oficio do Juiz é expedido impresso, tudo no micro, ninguém lê, vai ao Banco Central, e num segundo o Banco Central rastreia as contas do cara e acha e aí mete o ônus do gravame total sobre o dinheiro da conta. Bá. E a cobrança mais rapida que eu já vi. Mais que os homens de vermelho, os cobradores de contas dos devedores, dos caloteiros, o homem de vermelho, ficava parado em frente a sua casa, na saida do edificio, no seu local de lazer, etc..era uma vergonha total. Todos na vizinhança ficavam sabendo que o cara estava devendo pois o homem de vermelho não largava o pé do devedor. Até que entraram com uma ação e a Justiça acabou com a firma do gênio gaudério que inventou os cobradores vestidos de vermelho.
Ainda bem que vestiu os cobradores traumáticos de vermelho. Jamais iria vestir os cobradores de azul.
Depois do jogo em que o meu Grêmio imortal, perdeu de 5x4 para o Fluminense no Engenhão tudo pode acontecer eis que o FRED fez quatro golos nas minhas redes tricolores. Vamos convir que ´-e demais, e nesta altura ser gremista é um sacerdócio.Ainda mais que os baianos perderam para os vermelhos no estádio da beira do rio. Vocês viram que enquanto o time vermelho jogava contra os baianos do Toninho Malvadeza e do Senhor do Bom Fim - do Pelourinho - a turma da FIFA - os empresários que vão financiar a FIFA na Copa de 2014, os patrocinadores, a turma da grana - estava comendo churrasco no Galpão Gaúcho, do Piratini, junto com o homem do olho azul que nasceu em São Borja, o nosso Tarso. Nem foram ao campo da beira do rio ver o jogo. Não se interessam por futebol. Querem saber de grana. Queriam a garantia do governador e da Brigada e da Policia, que no entorno do estádio que vai ter jogo da Copa de 2014, num círculo de 4 Km ninguém pode vender nada. nem cachorro quente, nem pipoca. nem churros, nem algodão doce. Nada. Nossos ambulantes vão se ralar. Eles querem garantia total de exclusividade de vender dentro e fora do estádio e aí vem a briga das cervejas. Aquela das mulheres lindas holandesas que na Copa da Africa do Sul, no meio da torcida, corpos esculturais, rebolavam, chamaram atenção do mundo, pois, faziam, sub-liminarmente, marketing da outra cerveja que não a patrocinadora da Copa da Africa do Sul. Deu o maior barraco. A Policia e os seguranças do Blatter, presidente da Fifa, prenderam as holandesas boasudas, deportaram, surraram, deram tapões e bofetadas, para mostrar quem era quem e sumariamente foram mandadas de volta para a Holanda num avião fretado pela Fifa. Nada de concorrência. Nada de dividir. Nada de socialismo. Capitalismo total, selvagem, não selvagem. Não interessa. Na copa de 2014 só eles vão vender. O Tarso, dizem, ficou apavorado, pois, o Tarso, tem formação socialista e é chegado num comunismo gaudério. Mas os capitalistas europeus, os escroques internacionais da FIFA são terríveis. Não querem saber de futebol. Querem saber do lucro e quanto vão ganhar e se o governo gaúcho garante a exclusividade da venda no entorno dos estádios. Para esta gente sem alma o futebol é um detalhe.
Feliz deles. Eu tive que dar explicação para meu neto, Douglas, de 8 anos, gremista fanático ( sem influência do avô) da derrota do Grêmio de 5x4 para o Fluminense. Comecei explicando que o vô Nério sempre foi Fluminense, no Rio, desde o tempo de Castilhos, Pindaro e Pinheiro - do Telê, Vialalobos, Calyle, Orlando "pingo de ouro" e Francisco. Do tempo do craque Didi, etc... As Larangeiras da rua Alvaro Chaves que os Guinle moravam no atual Palacio da Guanabara (era residência dos Guinle) e construiram em 1922, o estádio, pois gostavam de futebol. Depois deram o Palacio para o governo para residência oficial e o estádio para a turma da elite que usava pó de arroz, no rosto, daí o apelido do Fluminense o time "pó de arroz", etc..tricolor aqui, tricolor lá. Não adiantou nada. Meu neto queria saber como o Grêmio levou 5 do "pór de arroz" carioca. Os Guinle construiram em 1922, junto com o Banco Pelotense, o Copacaban Palace então no meio de um areal deserto, para hospedar o rei Alberto da Inglaterra que vinha com a comitiva real inglesa para os festejos do centenário de nossa independência. Se não tivesse o hotel fino como o rei queria não viriam. O governo se borrou. Aí os Guinle resolveram facilmente o problema e construiram, rapidamente, o Copacabana Palace. Em 1922. O rei Alberto veio e se hospedou e adorou. O cozinheiro chefe era um afrodescendente (essa expressão é obrigatória por lei, para evitar racismo) servia de sobremesa, esta que hoje é famosa, comum e todos gostam de comer até hoje e que chamamos de " me dá aí um rei Alberto". O nome ficou e pegou. Era a sobremesa tropical que o cozinheiro do morro da Mangueira fazia para o rei Alberto. Ele comia, repetia e comia várias. Daí o nome de "Rei Alberto". Boa essa. Não. Mas, Vá você explicar ao meu neto a vitória do time dos Guinle, riquissimos, . sobre o meu Grêmio que abriga Rafa Marques, Rochembach, Brandão, Gilberto Silva e tantos outros que acham que jogam futebol. Que tristeza
Nério "dei Mondadori" Letti
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