João Eichbaum
Querendo defender o Lula, ou remendar a
sua imagem para o Brasil inteiro, depois daquela fiasqueira com o Gilmar Mendes e Nelson Jobim, a senhora
Dilma Rousseff, a suprema mandatária da nação, como gostam de dizer os jornais,
fez um discurso assim, ó:
“Processos e pessoas têm uma ligação
íntima, as pessoas nos lugares certos e na hora certa mudam os processos e
transformam a realidade e por isso queria, de fato, aqui fazer uma homenagem ao
especial ao presidente Lula”
O Lula, por sua vez, ao participar de um
evento da ONU, em Brasília, começou seu discurso, dizendo que os que não gostam
dele “estão aí, no pedaço”. E mais adiante:
“Vou falar de pé porque senão podem
dizer que estou doente. Você sabe que tem muita gente que gosta de mim, mas tem
algumas pessoas que não gostam. Eu tenho que tomar cuidado”
Uma é a atual presidente. O outro é o
ex-presidente, que ainda governa. Vocês entenderam alguma coisa do que a Dilma disse? O que é mesmo que tem a ver o cu com as
têmporas?
A Dilma tem um vocabulário paupérrimo e
um raciocínio mais pobre ainda e vem atacar de filósofa?
Pois é. Aí dá nisso: “processos e pessoas
têm uma ligação intima...".
Sobre o “discurso” do Lula não vou
perder meu tempo, nem o de vocês. A ignorância dele todo mundo conhece.
Mas o que causa espécie é que esses “discursos”,
o da Dilma e o do Lula foram proferidos numa cerimônia oficial. Não, não foi
num bate papo de boteco, atrás de uma pilha de bolachas de chope, falando com língua enrolada.
Por que é que eles fazem questão de
alastrar a própria ignorância? Afinal, os bons pensadores e os bons redatores
são uma espécie em extinção, é verdade, mas ainda os há, um aqui, outro acolá. Por
que é que a Dilma e o Lula, que continua presidente de fato, não encomendam
seus discursos? Basta dar a idéia, que o bom pensador e o bom redator burilam.
E a idéia e o bom discurso servirão para enganar o povo, sim, mas deixarão,
pelo menos, boa impressão.