João Eichbaum
Só se engana com o Nelson Jobim quem
quer, ou quem não tem inteligência suficiente para descobrir a falsa cultura que
ele tenta ostentar.
A revista VEJA desta semana noticia um
encontro do Gilmar Mendes e do Lula no escritório desse advogado, cuja maior
glória foi se fantasiar de soldado, o Nelson Jobim. O encontro, segundo a
revista, teria sido a pedido do Lula, outro da mesma laia do Jobim, mas bem
menos letrado. O que o Lula queria, ainda segundo a matéria veiculada na VEJA,
era que o Gilmar Mendes retardasse o julgamento do mensalão. Em troca, o mesmo
Gilmar seria protegido pelos escudeiros do Lula, integrantes da Comissão
Parlamentar de Inquérito, porque estaria a se desenhar um envolvimento dele, Gilmar,
com o Demóstenes Torres, pivô da dita CPI.
Diz a revista Veja que a cantada do Lula
foi direta, com o pedido de adiamento do julgamento, e muito insinuante no que
diz respeito ao envolvimento do Gilmar Mendes com Demóstenes, a quem estaria
ligado por um cordão umbilical conhecido com Cachoeira, o bicheiro, dono de
máquinas caça-níqueis, corruptor de “inocentes” políticos, e por aí vai.
Segundo a revista, a fonte de todas as
informações teria sido o próprio Gilmar.
Ontem, entrevistado, o Nelson Jobim,
dono do local do encontro, negou, veementemente: “não, não se tratou de nada
disso lá no escritório, o que houve foi uma conversa institucional”.
Conversa “institucional”. Já viram?
Alguém sabe o é isso?
Isso é desculpa de mentiroso e burro.
Não se faz conversa “institucional” em escritório de advocacia, nem em
lugar nenhum do mundo. Não existe
conversa “institucional”. Conversa é conversa, instituição é instituição.
Pode-se conversar sobre as instituições, mas a conversa, mesmo encarando esse tema,
não deixa de ser conversa ou, mais provavelmente, fofoca.
Agora o Gilmar Mendes veio a público e
confirmou a conversa do Lula. Quer dizer: Jobim e Mendes se chamaram mutuamente
de mentirosos, e Gilmar não teve culhão para dar voz de prisão ao Lula, por
crime de corrupção ativa, previsto no art. 333 do Código Penal. Ou não conhece
direito penal.
Que trio, hein?
É gente dessa laia que manda no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário