quinta-feira, 7 de março de 2013


MAIS UMA DO JOAQUIM BARBOSA

João Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com

Com aquela cara de quem está sempre de mal com o mundo, se engana com o Joaquim Barbosa quem quer. Ele só alarga a boca, para botar nos lábios cor de carne viva o sorriso sardônico de quem se sente superior. Ele acha que tem a patente da verdade. Parece não ter um sentido muito bom da imagem pela qual deve zelar um magistrado. E seus maus modos lhe sustentam o  equívoco de que é com grosseria que se conquista o respeito.
Sua última vítima foi um repórter que nem teve oportunidade de dizer o que desejava. O ministro, descendente daquela estirpe que foi degradada pela ganância dos portugueses, mandou o rapaz “xafurdar no lixo”, além de chamá-lo de “palhaço”.
Cogita-se de que o repórter queria indagá-lo sobre as inconformadas manifestações de Associações da magistratura nacional, cobrando do Presidente do STF, entre outras coisas, “ mais respeito pelos juízes”.
É que o Barbosa se arvorou à condição de “juiz dos juízes”, atribuindo aos magistrados brasileiros, indiretamente, “preguiça”, falta de vontade de julgar.
O Barbosa que a imprensa endeusa como “herói nacional” nunca foi isso tudo. Pelo contrário, sua vida profissional como juiz não serve de exemplo para ninguém.
Há coisa de dois anos atrás ele foi alvo de uma representação no Conselho Nacional de Justiça por atraso na prestação jurisdicional. Traduzindo para o povo todo entender: ele tinha acomodado sua região glútea em cima de um processo. Como o CNJ se deu por incompetente para julgar representação contra um ministro do Supremo, a parte prejudicada entrou com mandado de segurança no STF. A relatora, Ellen Gracie, foi tomada de embaraço e deu conhecimento da situação ao Barbosa.
Só então ele correu e colocou o processo em pauta.
O mesmo Barbosa, todo mundo sabe, pediu licença para tratamento de saúde, por causa de dores na coluna e foi flagrado num bar, jogando “snooker” com amigos. A foto foi parar na imprensa e o ministro, sem poder explicar o inexplicável, voltou para o serviço, ou melhor, para o emprego.
Esse é o homem que quer ser o “juiz dos juízes”, atributo a que pretende juntar outro, agora: o de censor da imprensa.
Mas, pensando bem, azar do repórter. Quem mandou nascer macho. Se fosse uma mulata da Bahia, peitudinha e bundudinha, ia rolar muito papo, pra lá de gostoso.



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