MAIS UMA DO JOAQUIM BARBOSA
João
Eichbaum
joaoeichbaum@gmail.com
Com aquela cara de quem está
sempre de mal com o mundo, se engana com o Joaquim Barbosa quem quer. Ele só
alarga a boca, para botar nos lábios cor de carne viva o sorriso sardônico de
quem se sente superior. Ele acha que tem a patente da verdade. Parece não ter
um sentido muito bom da imagem pela qual deve zelar um magistrado. E seus maus
modos lhe sustentam o equívoco de que é
com grosseria que se conquista o respeito.
Sua última vítima foi um
repórter que nem teve oportunidade de dizer o que desejava. O ministro,
descendente daquela estirpe que foi degradada pela ganância dos portugueses,
mandou o rapaz “xafurdar no lixo”, além de chamá-lo de “palhaço”.
Cogita-se de que o repórter
queria indagá-lo sobre as inconformadas manifestações de Associações da magistratura
nacional, cobrando do Presidente do STF, entre outras coisas, “ mais respeito
pelos juízes”.
É que o Barbosa se arvorou à
condição de “juiz dos juízes”, atribuindo aos magistrados brasileiros,
indiretamente, “preguiça”, falta de vontade de julgar.
O Barbosa que a imprensa
endeusa como “herói nacional” nunca foi isso tudo. Pelo contrário, sua vida
profissional como juiz não serve de exemplo para ninguém.
Há coisa de dois anos atrás
ele foi alvo de uma representação no Conselho Nacional de Justiça por atraso na
prestação jurisdicional. Traduzindo para o povo todo entender: ele tinha
acomodado sua região glútea em cima de um processo. Como o CNJ se deu por
incompetente para julgar representação contra um ministro do Supremo, a parte
prejudicada entrou com mandado de segurança no STF. A relatora, Ellen Gracie, foi
tomada de embaraço e deu conhecimento da situação ao Barbosa.
Só então ele correu e
colocou o processo em pauta.
O mesmo Barbosa, todo mundo
sabe, pediu licença para tratamento de saúde, por causa de dores na coluna e
foi flagrado num bar, jogando “snooker” com amigos. A foto foi parar na
imprensa e o ministro, sem poder explicar o inexplicável, voltou para o serviço,
ou melhor, para o emprego.
Esse é o homem que quer ser
o “juiz dos juízes”, atributo a que pretende juntar outro, agora: o de censor
da imprensa.
Mas, pensando bem, azar do
repórter. Quem mandou nascer macho. Se fosse uma mulata da Bahia, peitudinha e
bundudinha, ia rolar muito papo, pra lá de gostoso.
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