Esta linguagem ofensiva me faz lembrar os discursos e os textos do tempo do positivismo gaudério, do castilhismo ( Julio de Castilhos) e do Borgismo ( Borges de Medeiros) do Partido Republicando Riograndense - PRR - publicados no jornal A Federação. Contra os dscursos dos Maragatos de Assis Brasil, Raul Pilla, Cilon Rosa, Honório Lemos, Batista Luzardo, publicados no jornal da oposição A Reforma - e dentre os da oposição o notável Tribundo do Império Dr., Gaspar Silveira Martins. Precisa ler a linguagem ofensiva, extrema, usada por ambos os lados. Não é de impressionar, pois, na REvolução Federalista, de 1893 a 1895, quando Gumercindo Saraiva e seus irmãos, Aparicio e José Saraiva e a peonada armada, sob o comando ideológico de Gaspar Silveira Martins, se levantaram em armas para derrubar do poder a Julio Prates de Castilhos, o "gaguinho autoritário",mas que tem o nome de Patriarca até hoje. Porém, os Maragatos tinham horror ao chefe unipessoal do PRR.
Nesta revolução a Federalista, a degola correu solta. Portanto, a linguagem usada, pelos partidos antagonistas, era consenânea coms os fatos violentos que aconteciam no dia a dia gaudério e nas coxillhas e socavões do nosso Rio Grande.
Depois na Revolução de 1923, novamente, o RGS se levantou em armas sob o comando de Assim Brasil para apear do poder o Borges de Medeiros que governou o RGS por 28 anos e não queria entregar o mando de forma alguma. Gostava do poder o velho Borges. Morreu pobre, sem pensão, sem aposentadoria. Eu o conheci, pois, morava na rua Duque de Caxias, e vinha na missa dos internos no Colégio Anchieta, eis que se converteu ao cristianismo já velho, vizinho de sua casa, onde morava sozinho, como um ermitão Ao lado do Museu Júlio de Castilhos. Tomava a comunhão e eu como coroinha colocava a patena sob o queixo do velho Chimango. Só que com 12 anos, eu não sabia que aquele velho, magro, feio, era o Borges de Medeiros. Só mais tarde fui estudar e liguei os fato que eu fui coroinha do Borges de Mederios. Morreu esquecido e vivendo de favores dos velhos amigos, pois, até a fazenda do Irapuá, em Caçapava, acabou vendendo e perdendo. Acabou sendo leiloada no forum de Cachoeira do Sul, para pagamento de impostos.
Portanto, esta linguagem usada pelo deputado contra o PT é leve, mansa e até ingênua se olhada e comparada com a linguagem usada pela intelectualidade gaúcha naqueles tempos de absoluta divergência politica. Aliás, Décio Freitas, escreveu muito sobre " Os ódios gaúchos"....mostrando que estes ódios, em cada cidade, em cada distrito, lar a lar, foi um das cáusas eficientes do nosso atraso pampeano.
O Museu Julio de Castilhos era a casa do Julio de Castilhos, onde morreu em 1904, com 44 anos, de câncer de laringe ( o mesmo do Lulla) na anestesia para fazer a traqueostomia, em casa. Meu irmão Nicanor escreveu e descreveu com raros detalhes a morte do dr. Julio Prates de Castilhos. Morreu Deixou inúmeros filhos na pobreza e sua esposa, acabou morrendo asfixiada pelo gás do aquecedor a carvão num inverno frio.
Na Revolução dos Farrapos se degolou muito. Mas a degola era diferente. O encontro e o confronto a cavalo entre imperiais e farroupilhas era feito a cavalo e como na Idade Média, na época dos combates entre mouros e católicos, com lança ou espada, na corrida do cavalo ao se confrontarem, um dava o golpe fatal na altura do pescoço do inimigo. Sempre um perdia a cabeça e lá se ia o cavalo disparando com o corpo ainda sob o lombo mas depois caindo ensanguentado para servir de alimento aos animais e abutres.
Conta-se que era comum o cavalo parar e ficar ao lado do cavaleiro tombado e morto. Normalmente o vencedor levava o cavalo, pois, o cavalo era mais precioso do que uma vida humana.
Nério "dei" Mondadori" Letti.
Humberto de Luna Freire Filho para O Estado de São Paulo:O deputado Paulo Pereira da Silva, o tal Paulinho da Força, acaba de mostrar quantos neurônios tem, ao pronunciar a seguinte frase: "Não dá para aceitar que a imprensa fique derrubando ministro de 15 em 15 dias".
Veja abaixo uma resposta histórica, digna de placas a serem fixadas na CUT e na Câmara.
“Nobre deputado, quem derruba ministro não é a imprensa, não lhe informaram isso? Eles estão caindo porque são ladrões do erário e foram denunciados por uma imprensa não comprometida com esse governo corrupto. E mais, um rato decapitado a cada 15 dias é pouco. Se o Judiciário fosse independente, se o Legislativo não tivesse sido comprado e o Executivo perdesse a chave do cofre, todo o governo seria derrubado em um só dia. E as quadrilhas (inclusive a sua), eufemisticamente chamadas de partidos políticos, seriam imediatamente extintas para o bem do Brasil e em respeito ao cidadão.Humberto de Luna Freire Filho”
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