segunda-feira, 16 de setembro de 2013

E VAI ADIANTAR?

João Eichbaum

A pressão é grande sobre o Celso de Mello. Todo mundo quer ver o Zé Dirceu na cadeia. Não sei porque. O que é que o povo e a “grande imprensa” vão ganhar com isso? Alguém pensa que o povinho “bolsa-família” está se importando com isso, está ligando se o Zé Dirceu vai pra cadeia ou não?
Quem decide eleição é o povo “bolsa-família”.  E se ele está recebendo seus trocados pelas mãos da Dilma, o que lhes importa se o Zé Dirceu está na cadeia ou deixou de existir?
Então, não adianta fazer pressão, porque o “bolsa-família” não lê jornal, nem blogs. O “bolsa-família” gosta mesmo é das propagandas do governo federal, dizendo que está tudo lindo e maravilhoso, saúde, segurança e educação, ainda mais agora, com os médicos cubanos.
Zé Dirceu, Delúbio e outros tantos, sejam quais fiadasputas forem, não contam. O que conta é o “bolsa-família”.
É tempo perdido, é gastar chumbo em chimango, querer que o Celso de Mello negue os embargos infringentes.
Será que a imprensa não tem outro assunto? Será que ela pensa que está com essa bola toda?
Olha aqui, ó, o que o povinho quer é dinheiro, e nada mais. Dinheiro fácil, sobretudo, Dinheiro que provém da phoda, da phoda produtiva, que faz filho, porque filho é dá direito à “bolsa-família” e não a condenação do Zé Dirceu, nem os embargos infringentes. O povinho do “bolsa-família” vive de graça, quer dizer, sem precisar trabalhar. Depois do julgamento do mensalão, seja hoje, seja no ano que vem, esse povinho vai continuar mamando e dormindo. Até que venha nova eleição, para votar no PT, outra vez.
Nada vai mudar na política, portanto, com o voto do Celso de Mello, com a sua catilinária contra a corrupção. A imprensa está se preocupando com manchetes inúteis, os comentaristas capricham em cima de argumentos que não dominam, que são as armadilhas jurídicas. Mas nada disso vai adiantar. O Celso de Mello não vai mudar o país, porque a corrupção em particular e a fiadaputice em geral aqui são muito, mas muito maiores do que a sabedoria jurídica dele.




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